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Veículos por assinatura: a oportunidade de poder utilizá-los sem ter que comprá-los

30 septiembre 2020 Mobilidade

A noção de propriedade vem mudando na atualidade: comprar um veículo, por exemplo, já não é um sinônimo de status. Pelo contrário, agora as pessoas privilegiam mais a experiência e o acesso aos serviços que permitem que as necessidades delas sejam supridas sem todas as responsabilidades que o dono de um bem costuma ter.

Um estudo recente da consultora KPMG mostrou que 80% dos millennials preferem mais investir em experiências que em bens materiais, o que significa que modelos como o pagamento de assinaturas para ter acesso a diferentes serviços começa a ganhar espaço. Esse é o caso do entretenimento, no qual plataformas como a Netflix, que alcançou 165 milhões de usuários no mundo em janeiro de 2020, são um exemplo de sucesso dessa tendência.

Nesse sentido, a indústria automotiva também está por dentro do que essa nova preferência dos usuários implica, por esse motivo as organizações do setor lançaram o modelo de veículos por assinatura, no qual uma pessoa paga um valor fixo mensal e tem a opção de dispor de um automóvel novo durante certo período. No contrato realizado entre as partes são estipuladas condições importantes que serão incluídas nas parcelas fixas, como questões relacionadas à manutenção, ao seguro do veículo por assinatura, entre outras. Assim, os veículos por assinatura também trazem uma sensação de liberdade para o usuário porque esse modelo permite que o cliente use o automóvel como se fosse dele e, no fim do contrato, existe a opção de conseguir outro veículo com facilidade.

Igualmente, a aceitação desse modelo é uma resposta à redução que ocorre, nos últimos anos, no mercado de carros particulares de acordo com a Fitch Ratings, a queda nas vendas de veículos privados resultou em uma redução de 0,2% do PIB em todo o mundo. Por isso, não é de se estranhar que cada vez mais organizações do setor automotivo incluam esse novo serviço em seus portfólios como uma forma de se reinventar para enfrentar a crise.

Esse é o caso da Volvo, que desde o final de 2018 incentiva essa nova forma de ter acesso aos veículos com seu programa “Care by Volvo”, no qual o usuário paga o valor mensal estipulado e recebe o veículo em casa, além de poder usar serviços como manutenção, assistência 24 horas nas estradas, seguros e proteção total do veículo, entre outros. Mas essa tendência não impõe novos desafios somente ao setor automotivo, mas também às seguradoras, que agora precisam oferecer serviços para os usuários de veículos que já não pensam na compra como primeira opção e que utilizam as plataformas digitais para ter acesso a produtos como assistência mecânica virtual.

Segundo a consultora Deloitte, as empresas de seguros estão encontrando nos canais digitais “um meio para agilizar suas tarefas e serem mais eficientes e rentáveis” em um mundo onde os novos usuários de veículos preferem a agilidade e a comodidade na hora de usar os serviços.

A ex-ministra do meio ambiente da Dinamarca, Aida Auken, já anunciava que, até 2030 “veremos muitos outros produtos se converterem em serviços”. Assim, fica claro que as novas tendências com respeito aos bens redefinem a maneira como as pessoas habitam o mundo, começando pela mobilidade. Dessa forma, indústrias, como a automotiva, começam a se adaptar a essas mudanças e a ver nelas a possibilidade de manter uma conexão com o propósito de seus novos clientes.